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2 de Maio de 2024

Dilma duplicou gastos com publicidade antes de deixar governo

A presidente afastada Dilma Rousseff não poupou gastos com publicidade antes de deixar o governo federal.

Publicado por Wagner Francesco ⚖
há 8 anos

A presidente afastada Dilma Rousseff não poupou gastos com publicidade antes de deixar o governo federal. As despesas com propaganda passaram de R$ 229,4 milhões nos cinco primeiros meses de 2015 para R$ 460 milhões neste ano, isto é, os valores praticamente duplicaram. A Presidência da República foi a principal responsável pelo aumento.

As despesas da Presidência ultrapassaram os valores de Pastas com papel relevante na publicidade governamental. É o caso do Ministério da Saúde, responsável por campanhas que promovem informação ao cidadão sobre os direitos de acesso aos serviços de saúde.

O Ministério da Saúde, que tradicionalmente ocupava a ponta das despesas com publicidade, empenhou R$ 82,5 milhões neste ano. O valor também é maior do que o comprometido no ano passado: R$ 44,8 milhões. A publicidade de utilidade pública é responsável por R$ 76 milhões dos gastos, isto é, 92,1% do total. Já a publicidade legal da Pasta somou apenas R$ 6,1 milhões. A publicidade institucional levou R$ 366,6 mil dos cofres da saúde.

A cargo do Ministério da Saúde em 2016, por exemplo, ficou a campanha “Zika Zero”, que pretendia unir o país na luta contra o mosquito aedes aegypti. Também foram realizadas as campanhas de prevenção à aids no carnaval, vacinação contra influenza, hanseníase e contra a tuberculose.

O Ministério da Educação ocupou o terceiro lugar no ranking, com valores de R$ 48,4 milhões neste ano. A Pasta possui campanhas para a realização do Enem, por exemplo. O Ministério do Esporte destinou R$ 47 milhões para publicidade. Cabe ressaltar que a Pasta é responsável pela coordenação da Olimpíada deste ano, no Rio de Janeiro.

O valor empenhado em 2016 é o maior desde 2009, sem considerar 2010 e 2014, que são anos eleitorais. O crescimento dos gastos com propaganda no início dos exercícios é uma tendência comum em anos eleitorais, quando os governos se dedicam à divulgação das atividades realizadas durante o mandato. Além da corrida para mostrar “serviço”, em ano eleitoral a própria legislação acelera o processo para a primeira parte do ano, impedindo gastos às vésperas dos pleitos.

Na conta de gastos do governo federal com publicidade ainda é possível encontrar os serviços “mercadológicos”, para os quais foram aplicados R$ 19,6 milhões. Esse tipo atividade se destina a lançar, modificar, reposicionar ou promover produtos e serviços de entidades e sociedades controladas pela União que atuam numa relação de concorrência no mercado. Em resumo, essa modalidade de propaganda serve para promover produtos e serviços.

Para Gil Castello Branco, os gastos exorbitantes com publicidade às vésperas do afastamento são absolutamente inaceitáveis, sobretudo em se considerando as dificuldades econômicas que o país está enfrentando. “É mais um ato de irresponsabilidade orçamentária e fiscal”, afirmou o economista e secretário-geral do Contas Abertas.

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13 Comentários

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Há muito se alertava para isso. O PT não governou para o Brasil, governou para ele, para se perpetuar no Poder. As pedaladas fiscais nos carregaram até uma crise absurda, e mesmo assim, o projeto de poder continuava falando mais alto: o governo não se importava em gastar mais do que arrecadava. É como se você administrasse uma empresa que não é sua, sem qualquer fiscalização, e não se importasse em quebrá-la para o próximo administrador. continuar lendo

E tem gente que ainda acha que a pedalada descomunal da Presidente afastada não constitui crime de responsabilidade. Já pensaram o que seria se o governo do PT continuasse pedalando até 2018? continuar lendo

A Presidente Dilma quase levou este Brasil à bancarrota. continuar lendo

Quase não. A Presidente levou efetivamente o Brasil à bancarrota. Segundo a nova equipe econômica, o déficit previsto para este ano será de 170,5 bilhões de reais e não de 96 bilhões, como havia antes anunciado a equipe econômica do governo afastado. A dívida pública nominal é estimada em 600 bilhões de reais e a recessão, pelo segundo ano, encostará em menos quatro por cento do PIB. O Brasil vem sendo sistematicamente rebaixado pelas principais agências de "raiting" desde 2015. Algumas consultorias avaliam que a recuperação do país, se tudo correr razoavelmente bem a partir de agora, durará cerca de 14 anos. Esse é o legado petista. É mole?! continuar lendo

Temos plena certeza quem paga esta conta somos todos nós, e não veremos nenhum retorno... continuar lendo

Pra quem não gosta dos militares (64), e chamam de ditadura militar, isso é a democracia que queriam... "Festival" de gastos inúteis, com o pouco dinheiro que ainda resta nos cofres públicos. Acabo de ler um comentário de um economista francês, sobre nossa situação atual, onde ele cita que levaremos muitos anos para recuperar nossa frágil economia, devido aos rombos cometidos por esse "bando de ladrões". continuar lendo